das pessoas e do lugar que a fazem crescer e ser feliz



Na quarta-feira, foi dia de regresso ao externato e de (mais uma vez, como se fosse ainda necessário) confirmar que a escolha feita foi a acertada e que a pequena Maria é feliz ali.


Já não ia à escola há duas semanas e meia. Nos últimos dias de julho, ofereceu alguma resistência de manhã, pois a Mónica (a mais querida educadora do mundo) estava de férias. No entanto, lá ficou sempre e a lágrima nunca chegou a descer do canto do olho.



Durante as férias, perguntou todos os dias pela Móquica, pela Titina (a Cristina), pelas outras educadoras e auxiliares e pelos seus amigos (o Vivi, o Didi, a Fior, a Maiana, ...). Todos os dias.

Para além disso, consegue arrancar-nos sorrisos doces quando vai dormir e vê, muitas estrelinhas, de tamanhos diferentes, projetadas no teto. Uma noite, perguntei-lhe qual era a estrela da mãe. Levantou o dedo e –é éta! E a do pai? –éta! (A estrela grande era a mãe e o pai.) – E mais, Mimi? – Móquica é éta. – Qual? – Éta gandi! (boa... a mesma da mãe e do pai). – E mais? – Titina é éta gandi. – Hummmm.... – Mais alguém? O Vivi? -  Éta (já mais pequena).... E por aí fora! As estrelas grandes são os pais, a Mónica e todas as pessoas queridas que tratam dela durante o dia. E os amigos são um pouquinho mais pequenos mas também estão na sua constelação.

Depois disto, pede sempre para ver as estrelas e começa a desfiar o seu rosário de pessoas do coração. Um dia, uma amiguinha mordeu-a. Tudo tranquilo por nós, faz parte e passa na hora. Nessa noite, a ver as estrelas, não disse o nome da F. Eu perguntei onde estava a estrela da amiga. – Aqueua. – Aquela pequenina? – Xim, aqueua. (A F. foi, por uma noite, a estrela mais pequena e mais longe das estrelas grandes das pessoas da Mimi.)

Nestes dias sem escola, a estrela gandi da Mónica esteve sempre lá. – estêla gandi da Móquica. E, logo depois, todos os outros nomes do costume. Não que os tenha memorizado apenas. Gravou-os bem lá dentro.

Confesso que achei que, no dia do regresso, ia puxar de novo pela lágrima. Prometi-lhe que ia ver a Mónica e que ia ter muito colinho. Chegámos, meteu a Minnie e a chupeta na mochila, levou o KicoNico pela mão e começou a subir as escada. Viu a Mónica ao fundo e correu como se gritasse saudade em cada passo. Deram o abracinho de que precisavam, falámos um pouquito e lá foram: a Maria ao colo da sua grande Educadora e sem, por um segundo, olhar para trás. 


A mãe, sim, ficou a chorar. Mas é bom sabê-la assim...
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