esta miúda... 💗
Já desde há
longos meses, quando deixo a Mimi na cama, à noite, despeço-me com um ama tu. Lá me ia respondendo, do jeito
dela, até começar a dizer direitinho. Nem sempre diz, como é óbvio, e não
queremos que seja diferente disso. Há coisas que se dizem apenas quando achamos
que devem ser ditas e temos vontade de fazê-lo.
Há uns tempos,
ainda antes das férias, vínhamos da praia e a Maria estava a despedir-se “té
manhã, paia! Dóme bem, paia!”. Isto em repetição, ao longo da costa da
Ericeira. De repente, do banco de trás, um “ama tu, paia!”. Olhámos um para o
outro, sorrimos e, os dois, achámos aquilo uma ternurinha. Aumentou a dúvida
sobre a forma como ela encarava o significado daquela expressão, que só ouvia e
dizia antes de dormir.
As nossas manhãs
são rotineiras. Deixo a Mimi meia pronta, o pai termina, eu saio de casa e o
pai leva-a ao externato. Volta e meia, há berros quando eu saio. Hoje,
agarrou-se às minhas pernas mas sem choro. Boa! Veio comigo até à porta e
começou a descrição “Mimi tabaiai na xcola. Mãe tabaiai na ôta xcola. Pai
tabaiai no quistório (versão moderna e fantástica de escritório).”
Beijinho, Mimi.
Beijinho à Mãe e
- porta bem na escola.
– Xim, póta bem,
mãe.
- Até logo.
- Té já. Ama tu,
mãe.
Assim, sem que
eu tivesse dito nada antes que a levasse a repetir. Está ganho o dia. A vida.
Filha mais linda da sua mãe. E do Pai também, pois claro.
💗💗💗
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