Saudades (o Porto)

 










Vivem-se, por aqui, dias de festa. Estou em crer que, no domingo, será o início do mais longo São João dos últimos anos! E, invariavelmente, quando sinto por perto esta euforia, vem à cabeça as recordações de dois anos que guardo no coração. 
Com as recordações, muitos rostos, alguns nomes, amigos especiais e música... Traz-mas (às recordações), a música da Tuna da Universidade Católica Portuguesa do Porto. A música que canta o Porto (cidade), o Porto que sempre me faz sorrir e querer voltar. O Porto que me acolheu,  que diariamente me vê acordar, onde eu fui crescendo e que aprendi a gostar. 
Afinal, não se gosta do Porto assim, à primeira ou apenas porque sim.... Aprende-se, vai-se entranhando e depois não sai. E bem... E deixa saudade...

Cantam as vozes da TUCP que

O Porto é o altar da nossa fé
E será eternamente orgulho da nossa gente
É minha saudade, é meu conforto
Sinto vaidade em dizer que sou do Porto...

E que bem cantam e que sorriso me deixam e que vontade de voltar atrás (treze anos atrás... como passa o tempo e que marcas profundas nos deixa) e viver ad eternum aquela que, para mim, é a Instituição. Assim. Ponto. A Instituição. 
Manhãs de chuva na Foz. Nevoeiro cerrado. O pequeno-almoço tardio. O café curtinho (bem curtinho) do BC (epa... sempre lá, sempre), atrás dos seus minúsculos óculos de aros pretos. Os prolongadíssimos jogos de cartas. A cadeira em cima da cabeça do outro (espero que continue a passar muito bem, à custa sobretudo daquilo que não é). A Manela (e que querida sempre foi a Manela). Os exames. A biblioteca (não, não estive lá muito tempo.... claustrofobias...). O Sr. Padre Marto (esse ícone da pronúncia vizinha). O sono do Direito Romano. A fila da frente sempre impenetrável. O Sr. Dr. Rangel, capaz de encher anfiteatros (esse mesmo Paulo Rangel..).  As festas no Twins, no Swing, no Via Rápida, na queima e sei lá bem mais onde. 
Agora, as saudades dessas festas, da Manela, da biblioteca onde pouco estive, do BC (sempre lá...sempre).... E a nostalgia (creio que deva ser fruto dos trinta) de dias que me parecem ter sido ontem ainda.

Nunca escondi o meu carinho pela UCP. Acolheu-me depois outra universidade, mas nunca, nada, foi perto do que havia sido. Ali, a poucos metros do mar, fui feliz, aprendi bastante, cresci e conheci algumas das mais importantes pessoas da minha vida... 


Não era, à partida, este um post de elogio a parte da minha vida universitária, mas sim à cidade do Porto. Fica assim, por agora.  À falta de vídeo de Vaidade de Ser do Porto, fica uma amostra das maravilhas da TUCP-Porto, a lembrar Zeca Afonso, numa outra esplêndida versão. 

Ai o Porto, o Porto...

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