Menina mimada


Saudade de uma crónica semanal, meses a fio, perdida entre a procura do tempo, o cumprir do prazo, a crítica caseira e os comentários de café. Perde-se, num tempo que me parece longe demais, a vontade de escrever, acrescida da dificuldade da partilha e do tique-taque do relógio, sempre culpado das mil e uma falhas que diariamente escrevo numa agenda há muito perdida.

Vontade de voltar à escrita e de partilhar vida entre linhas de divagações abstractas. Cresci, entretanto. Muito. Demasiado talvez. E de forma rude. Não penso nisso, por agora. Pensarei antes de dormir, enquanto durmo, antes de acordar. Como em todas as noites, desde que perdi, no horizonte, o arco-íris.

Caprichos de menina mimada? Porque sim. Porque um dia, frente ao mar, numa conversa teimosa, de meninos teimosos, o orgulho não deixava avançar uma conversa tonta... Ficou-me a expressão, repetida amiúde e que vim a reencontrar mais tarde, desta vez frente ao rio, entre aviõezinhos e a SB do costume. Estranha esta vida que nos afasta e te traz de volta e nos faz rir e amuar e crescer e olhar sempre o ponto de partida.

Um dia.. Perdão. Uma noite destas (um noite que há-de vir) contarei a história do porquê da menina mimada.. Não o faço hoje. Caprichos...

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