esta miúda!

Que dei um murro na mesa, soltei palavras menos simpáticas e que é...****!

Disse-me que tenho mau génio e que sempre seríamos amigos.

Resposta a provocaçãozinha.

Há momentos assim.

Para esquecer.

Confesso a minha intolerância a contrariedades. Não gosto de perder e que atire a primeira pedra quem sentir o contrário. Intempestiva, talvez. Acredito que apenas reajo a impulsos. Sou, assumidamente, uma miúda, com não mais do que dezasseis anos.

Faz-me falta a praia, o mar e o céu azul.

Continuo a olhar as estrelas, pois há uma que brilha para mim de forma especial. Talvez duas, três estrelas...

Ouço sempre "Acorda Menina Linda" como se fosse a primeira vez e Jorge Palma acompanha-me como banda sonora.

Gosto de cafezinhos debaixo do sol, dormir tarde e do silêncio da noite.

Pergunto-me, amiúde, por que é que não chega "se gosto de ti, se gostas de mim"? Talvez tenhas, mesmo, "o mundo ao contrário".

Sonho que vou mudar o mundo e afastar os maus e sentir que, do outro lado da estrada, alguém me olha feliz.

Continuo a ler "O Principezinho" como se fosse a primeira vez e a querer muito ficar, para sempre, responsável por todos aqueles que vou cativando.

Quero muito, mas muito, ter por perto as pessoas de quem gosto. Fazem parte de mim e preservo-as no mais belo dos locais: o coração.

Faço-me, dia-a-dia, de minutos e lugares e imagens e livros e músicas e vozes e cheiros.

Faço-me, dia-a-dia, de longas conversas e fantásticos silêncios.

Faço-me, dia-a-dia, de tantos quantos comigo se cruzam e com quem escrevo páginas giras.

Faço-me, minuto a minuto, de cada sorriso que comigo cresce e ri e chora e vive e com quem escrevo páginas e páginas de um livro fantástico.

E porque são muitos... porque o meu egoísmo não deixa que se desvendem... Mas porque, no regresso da minha escrita ao público, não podia deixar de o fazer...

* ao C., ao T., ao NM e ao FR pela paciência de anos e anos de cumplicidades e muitas entrelinhas.

* a todos os meninos GJS: mesmo longe, perduram todas as vivências que fizeram de mim a af que sou.

* aos CF, pelos ensinamentos e momentos mágicos que partilhámos.

* à grande família CCD. Ponto. Família mesmo.

* à mais próxima família CCD: J. L. V. C. D.. E "a vida não chega".

* à companhia de almoço de sábado, de lanche em qualquer dia, de desabafos e projectos e angústias e vontades. Paixão incondicional.

* à Cátia, que não me deixaria descansada se aqui não deixasse o nome dela.

* a A. O mundo. O meu mundo e tudo o que ele encerra. Mais mar e mais sol e muita areia debaixo dos pés. Porto de abrigo e a razão, quase sempre, virada do avesso. Jorge Palma e músicas pela noite dentro e aventuras que se desvendam à luz de caneta transparente em página branca.

* à Daniela, à Gabriela e ao Zé ou, "o caminho para a felicidade"...Love you to the moon and back! E tanto, tanto, tanto... (Não vale dizer agora... Ficará para mais tarde. Mimada, eu?)

* à família-família. A âncora.

* ao Pedro e ao Pai. Alfa e Omega. Tudo.

* à Mãe, ou a mais brilhante estrela do meu firmamento. Assim até à eternidade.

Que dei um murro na mesa. Que, por vezes, me apetece dar outros tantos. Se fosse pequenina, resolvia à minha maneira... Cresci um pouquito. Sou agora, afinal, apenas uma miúda.

E nós? Nós já vivemos cem mil anos...