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Até já, primo Zé.

Parece que também tu foste juntar-te aos bons aí de cima, deixando, aqui por baixo, a sensação de tanto que ficou por cumprir. Podia ter sido de outra maneira, não achas? Assim, sem mais... hoje é domingo, agora está tudo bem, vamos só pôr a Maria a dormir e depois o telefona toca e...o Primo Zé. Ah! Não, que ainda há dias o vi. Qual Zé? Mesmo, mesmo... o Zé!

Serena-me o coração saberes como gostava de ti e como gostavas de nós. Porque mo fizeste sentir e, sem rodeios, mo disseste numa noite fria de Quaresma, a propósito de assuntos menos simpáticos, que não rodeaste, ao teu jeito sincero de ser.
Tive o teu abraço quando precisei de conforto. Fantástico, não é? Podíamos não nos ver muito, não falar de assuntos curriqueiros mas, como a tantos, não me falhaste. E, de ti, entre as memórias  de vida, guardarei a preocupação connosco, em saber se estávamos bem, como se a tua asa nos protegesse também. E protegia, Zé.

Fazes parte (e muito) das pessoas bonitas que nos fizeram ser o que somos...  Para além do coração, ficarás neste registo, onde guardamos as pessoas importantes e onde a Mimi lerá a família que lhe quer bem e, a ti, que conheceu ainda. Conheceu-te o sorriso e sentiu-te o colo. Talvez não tenha retribuído à altura mas desculpa-lhe o feitio... diz que é de família!

[se calhar, vou ali dormir, acordo e amanhã voltamos a encontrar-nos no Largo da Sé. Parece-te bem?]

Guardarei o teu abraço quentinho, quando toda eu fraquejei e me seguraste.
Guardarei o teu sorriso, quando as coisas boas marcavam os dias.
Ficará, por aqui, a tua vida. Havemos de encontrar-nos...

Até já, primo Zé.
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