Mimi, a trabalhadeira






Crescemos (os três aqui em casa) com a consciência de que nem tudo é como desejamos. Uma das sensações menos boas é a de que passamos menos tempo com a Mimi do que seria o ideal. Fazemos, obviamente, o possível por ir buscá-la cedo ao Externato e aproveitar o final do dia.




Há, no entanto, muitos dias em que o trabalho se prolonga para casa. Mais dias do que deveria… Aconteceu, já por diversas vezes, estarmos a acabar de jantar e a Maria, muito assertiva, olha para mim, estica o seu dedinho e “Mãe, vai tabaiai” Ai, a dor que me dá…. Efetivamente, está habituada a ver-me sentada na mesa, às voltas com livros, papéis e computador. No fim de semana passado, parei para descansar um pouco, sentei-me no sofá e lá veio a mandona, bateu-me na perna e  “Mãe, vai tabaiai”.

Na sala, temos uma pequena mesa, duas cadeiras e um quadro, onde a Mimi costuma sentar-se a pintar, a fazer desenhos ou puzzles. Durante muito tempo, não ligou grande coisa ao seu cantinho mas agora senta-se e ali fica entretida algum tempo. É giro vê-la assim.

Anteontem, fomos cedo para casa mas tive de sentar-me a fazer os trabalhos de casa. Ela ficaria ali ao lado, a brincar. Foi à sua mesa, pegou nas coisas, colocou o caderno debaixo do braço, pegou no estojo, veio ter à minha mesa e disse que “Mimi qué tabaiai cua Mãe. Aiuda, Mãe.”. E assim foi. Sentei-a ao meu lado e, durante mais de uma hora, ficámos nas nossas tarefas…

Com uma companheira assim não custa tanto. Ou custa, vá… 
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