2015. O ano.
Por acaso, o meu aniversário é em dezembro,
o que ajuda a olhar para trás e rever o meu ano. Aproveito o passar do tempo
para balancear o que fiz, o que disse, o que ouvi, o que vivi. É tempo de
fazê-lo e (tão eu) deixar o registo.
Não começou da melhor forma, pois
não... Não fora ter dado a notícia depois, e quase que o susto que o meu Pai
nos pregou teria sido fruto de saber que ia ser Avô. Passemos à frente...
2015 foi o ano. Certamente,
outros anos de boa memória hão de vir mas, do alto dos meus 35 anos
(socorro....tenho 35 anos), foi nos últimos meses que registei e guardei o que
de melhor a vida pode dar.
Já plantei uma árvore (andava no
6.º ano e, com o Colégio, marcámos assim o Dia da Árvore, na Serra das Meadas).
Já escrevi um livro (ou três... – e em co-autoria conta, certo? Um dia,
escreverei um só meu, mas ainda me falta aprender muito, muito...). Faltava-me
a Maria. E, em 31 de agosto de 2015, a Maria chegou.
Chegou linda, com um imenso olho
azul de mar (e poderia ser de outra cor, quando
ela é tão Maria do Mar, também?). A recebe-la, uma mãe cheia de medo, um
pai inacreditavelmente ansioso e uma mão cheia de tios, a quem ofereceu os
primeiros olhares, recebendo, em troca, todo o carinho do mundo. Obrigada aos
tios Bruno, Pedro, Joana, André e Marta. Foi tão, mas tão bom ter-vos ali
connosco!
O mundo não mudou quando a Maria nasceu.
Continua a ser um mundo de gente louca, má, tantas vezes azedo e outras tantas
imprevisível. Mas é também um mundo com muitas pessoas bonitas, capazes de amar
e de serem amadas, prontas para dar e para receber. E é neste mundo tão dual e
tão nosso que a Maria vai crescer, ficar forte, lutar e ser feliz. Foi para
isso que ela (como tantos outros meninos) nasceu: para ser feliz!
Voltemos ao meu balanço: a Maria nasceu
e, com ela, nasceram em mim muitos mais sonhos. Agora, não tenho apenas “todos
os sonhos do mundo”. Tenho os deste e os de todos os outros mundos. E cada um
dos meus sonhos tem o cheirinho bom da bebé, a maciez da pele, a leveza do seu
sorriso. E, em cada sonho meu, estão todas as pessoas bonitas (não sei se
alguma vez aqui disse que o Pedro Barroso canta uma das músicas que fazem parte
da minha lista de mais ouvidas – Bonita) que
fizeram o meu ano, que me ajudaram a crescer, que me fizeram sorrir e (tentar) ser
um pouco melhor.
Vou esquecer-me de alguém,
certamente. Não me desculpo com a hora tardia, mas com a alegria de estar
rodeada de muitas pessoas bonitas. Afinal,
sou apenas aquilo que me vão dando e com que me vou construindo. Talvez um dia
chegue a ser um pouco mais do reflexo de cada um. Estou longe ainda...
* À malta fixe do trabalho (incluindo os desertores), com quem tantas
vezes brincamos do que é ser família. São família sim e tanto aturaram as
minhas ansiedades e nervos de grávida. A vida dá-nos, de presente, pessoas
assim... No meio da loucura, fica a sanidade de quem sabe rir, confiar,
partilhar, cair e ajudar a levantar.
*À Tânia, com quem partilhei
desde o início a viagem que tinha começado e que sempre sabe escutar-me e ter
toda a paciência do mundo. Costumo dizer que, em Lisboa, arranjei uma melhor
amiga do Porto. Há coisas do...catano!
* À Daniela e à Gabriela! De um
trio, está prestes a completar-se um novo trio. New gen’s on the way... Tãaaoooo
bom. A Maria será a menina entre os meninos, mas serão certamente aquilo que
sempre somos. Porque entendem os meus silêncios, sabem ler-me a alma como
ninguém e, sempre, sempre, me confortam na ausência. Seria tudo diferente, não
fosse a distância. Mas é tudo tão igual, como se estivesse perto.
* À doce família Garrett, com quem partilho as Marias
em crescimento e que nos adotaram como seus também (presunçosa, eu..). Tenho a
certeza de que a Maria deste lado ter-vos-á sempre no coração, irá crescer com
o vosso carinho, mimo e sorrisos. A mãe e o pai da Maria já não abdicam... Nunca um gigante obrigada será suficiente para
agradecer ou para dizer o que representam para nós.
*Ao pequeno António (vá... e à
Joana e ao André, também), que faz os meus dias tão mais felizes também. Sei
que a vida vai encarregar-se de que seja o irmão
mais velho da Maria, de que sejam companheiros de risota, segredos, travessuras e
de que saibam sempre partilhar o que os dias vão trazendo. Há ciclos que se
repetem. Falaremos sobre isto daqui a 35 anos.
*Aos amigos de longe e de quem
continuo a sentir (muito) a falta. Não me digam que não voltarei (certo, Bruno,
sr. Vieirinha, sr. Jorge?). Voltarei, sim. E tudo estará como está hoje: cada
um no meu coração. A Maria ha de ter-vos sempre perto, para que possam dar-lhe
a mão faze-la sorrir e sentir que a amizade é eterna. Como a nossa.
*Aos amigos de perto e que não me
deixam sentir sozinha. Não sou desta terra, como sempre vos digo, mas sou um
pouco mais porque tenho a ternura de quem me acolheu e me soube mostrar que tudo
é (quase) possível.
*Ao meu Irmão e ao meu Pai. É
neles que estão a maioria das raízes, a âncora que me prende à terra e o balão
que me faz voar. E é neles também que a Maria terá sempre um porto seguro.
*À minha família e à família do
Rui (e família não é só quem partilha o apelido). Uma nova vida só faz sentido
se plenamente rodeada de Amor. A Maria é, pois, uma felizarda. Antes de ver o
mundo, o seu coração já havia visto o essencial. E é esse “essencial invisível
aos olhos” que quero que lhe deem sempre, para que cresça uma Principezinha...
* À minha Mãe, com quem continuo
a sonhar, noite após noite. Consegui! Nem sempre os dias foram à medida das
nossas vontades, mas a filha mais linda do mundo é a tua neta. Ninguém, por
aqui, estará tão presente nos dias da Maria como tu, que sei que não a deixas
um só segundo. É teu, o seu coraçãozinho doce.
* Ao Rui, o Pai da Maria, a minha
filha: a eternidade ♡
2015 foi o ano. O ano da (minha) Maria.
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