De um triste final
Não posso deixar de lamentar a
notícia. Mas, para além deste “lamento”, creio que não poderei deixar passar
uma reflexão sobre esta inesperada novidade! Efetivamente, custa construir e é
tão, tão, tão fácil… destruir…
Numa altura em que a educação deveria
ser prioridade, deitam-se abaixo 86 anos de história da verdadeira arte de
educar. No CIC, para além do ensino, sempre houve educação. E, sobretudo,
educação para os valores. Entre eles, lealdade! Lealdade, senhores, agora
quebrada para com a cidade, para com os atuais alunos e suas famílias, para com
as muitas gerações que cruzaram a portaria, para com a congregação que fez
crescer e deu nome ao Colégio.
Valores (ou não) mais altos
talvez se levantem. Talvez… Um talvez com milhentas dúvidas. Tenho em mim a
convicção de que poucos valores mais elevados existam do que a educação.
Porque, sem ela, nada se constrói no futuro para além de pontes para o vazio.
Em 12 anos de CIC, aprendi a ler,
a escrever, a fazer contas, a desenhar (mal) e por aí fora. Mas em 12 anos de
CIC, aprendi, acima de tudo, a crescer. Aprendi a saber ser.
E, mais do que este lamento, um
OBRIGADA do tamanho do mundo a quem ali escreveu, comigo, história que este fim
não apagará. E porque esta Casa tem, para mim, rostos e nomes, o Obrigada (desde
1982 até 1994, e com a traição da memória para os nomes) fica, entre outros, às
Irmãs Celeste (a quem devo o meu mais elementar aeiou e tudo o que daí adveio), Prudência, Lisete, Leonor, Cecília,
Josefina (que me perdoem as outras, mas estas estão bem no coração) e aos Professores
Maria de Lurdes, Marina, Rogério, Luísa, Abel, Carla, Loli, Margarida (também
entre um grupo mais alargado e, neste momento, não ajudado pela memória) e às
amigas Anália (onde quer que esteja, tem em si, agora, a maior tristeza do
mundo), Isabel, meninas da Cozinha, …
E, ironicamente, um obrigada
também a quem agora fecha a porta. Afinal, fizeram perceber a tantas alunas,
professores, funcionários, a importância de uma Casa onde ficam estradas de construção e “nós e laços” que não se
desatam. Estes laços… O maior nó? O da garganta….
Comentários
Enviar um comentário