Recordação.
“…
e aqueles
que por obras valerosas
se vão da
lei da morte libertando”
Recordou-me, há pouco, o Dr.
J.A., que faria hoje anos o Pd. Acácio. Desculpem-me os acérrimos defensores do
bom cumprimento do protocolo, mas foi assim, até ao final, que sempre o tratei,
que sempre quis que o tratássemos.
Foi, para nós, mais do que o
pároco. Foi o amigo, a ajuda sempre presente, o companheiro de futebol, o
professor. Foi, para mim, a fotografia que (entre muito poucas) mantenho no meu
quarto. Está entre (as também poucas) presenças eternas que em mim guardo.
O Pd. Acácio não é o senhor desta
foto, mas podia perfeitamente ser. O Pd. Acácio é grande, tem uma mala azul e
um chapéu. Espera por nós na entrada dos claustros e apanha-me sempre no
regresso do Colégio, com o meu Padrinho ou com a minha Avó.
O Pd. Acácio é do Belenenses e o
meu irmão também. O Pd. Acácio zanga-se comigo por causa do meu (conhecido) bom feitio e ensina-me que sempre “devo
ser pequenina”. Tenho (religiosamente) comigo o seu dicionário de Grego porque
a proximidade se faz também de pequenas coisas.
O Pd. Acácio é um dos meus
maiores exemplos e umas das estrelas que sinto, noite após noite, brilharem
para mim. Fazem falta Homens assim. Que se entreguem e sejam a verdadeira
dádiva e simplicidade. Fazem falta Homens capazes de construir e construir-se e
dar e dar-se. Fazem falta Homens de Fé, com sólidas raízes e ligação a outros
homens.
O Pd. Acácio faz falta. O Pd.
Acácio faz-me (muita) falta.
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